Espaço das Leituras

domingo, 8 de maio de 2011

Simbologia em "Os Maias"

- Carlos da Maia
- O Ramalhete, bem como as suas obras de restauro a mandado de Carlos
- O quintal do Ramalhete
- O cedro e o cipreste
- A estátua de Vénus
- A Toca

Em Os Maias estão também contidos símbolos cromáticos:

 - A cor vermelha tem um carácter duplo, Maria Monforte e Maria Eduarda são portadoras de um vermelho feminino, despertam a sensibilidade à sua volta; espalham a morte. O vermelho é, portanto, o símbolo da paixão excessiva e destruidora.o vermelho da vila Balzac é muito intenso, indicando a dimensão essencialmente carnal e efémera dos encontros de amor de Ega e Raquel Cohen. 
- O tom dourado está também presente, indicando a paixão ardente; anunciando a velhice (o Outono), a proximidade da morte. 
- Morte prefigurada pela cor negra, símbolo de uma paixão possessiva e destruidora.          




Os Maias - Eça de Queirós

Personagens:


Afonso da Maia

-Provavelmente a personagem mais simpática do romance.
-Sem defeitos.
-Carácter, culto e requintado nos gostos.
-Partidário das ideias liberais, ama o progresso.
-Generoso para com os amigos e os necessitados
-Ama a natureza.
-Altos princípios morais de que não abdica
-Pertencente à alta sociedade

Maria Eduarda Runa
-Oposição em termos ideias e sociais relativamente a Afonso
-Mulher de caprichos
-Ideais religiosos (educação Pedro com apoio padre Vasques)

Pedro da Maia
-Enorme beleza física, parecenças físicas e psicológicas com Mª Eduarda Runa (condicionalismo para Afonso)
-enorme instabilidade emocional que deixa entrever uma psique pouco equilibrada, fruto da hereditariedade não corrigida pela educação.
-Cobardia moral (sua reacção de suicídio face à fuga da mulher)

Carlos Eduardo da Maia
-Protagonista da História
-Rico, bem-educado, adivinha-se que seja culto, de gostos requintados, em contraposição a seu pai Pedro da Maia, como resultado de uma educação à Inglesa.
-Gentleman, corajoso, frontal.
-Amigo do seu amigo, generoso.

Maria Monforte
-Fã dos jogos de sedução
-Formosa, doida, excessiva.
-Pessoa séria e responsável aquando o nascimento de Maria Eduarda
-Leviana e nada moral, é nela que radicam todas as desgraças da família Maia (o drama em causa)

Maria Eduarda:
-Bela mulher: alta, loira, bem-feita, sensual e delicada 
-Era bastante simples na maneira de vestir.
-Nunca é criticada, 
-Personagem delineada em poucos traços
-Passado quase desconhecido o que contribui para o aumento e encanto que a envolve. 
-Caracterização feita através do contraste entre si e as outras personagens femininas, e ao mesmo tempo, chega-nos através do ponto de vista de Carlos da Maia, para quem tudo o que viesse de Maria Eduarda era perfeito.

João da Ega: 
-"um vidro entalado no olho"
 -"nariz adunco, pescoço esganiçado, punhos tísicos, pernas de cegonha"
-É a projecção literária de Eça de Queirós. 
-É um personagem contraditório. Por um lado, romântico e sentimental, por outro, progressista e crítico, sarcástico do Portugal Constitucional. 
-Amigo íntimo de Carlos desde os tempos de Coimbra, onde se formara em Direito (muito lentamente).               -Boémio, excêntrico, exagerado, caricatural, anarquista sem Deus e sem moral. 
-É leal com os amigos. 
-Sofre de diletantismo. 
-Um falhado, corrompido pela sociedade. 
-Encarna a figura defensora dos valores da escola realista por oposição à romântica. 


Eusébiozinho
 -O oposto de Carlos (lado negativo) no que respeita à educação
-Doentio, mergulhado nas educações da sua mãe e tia.




Reflectindo...

Em Os Maias podemos encontrar inúmeras personagens, muitas delas sem grande importancia, designadas figurantes. Encontramos ainda as personagens principais como Afonso da Maia, Pedro da Maia, Carlos da Maia, Maria Eduarda e Maria Monforte. Como personagens planas e/ou tipo encontramos João da Ega, Eusébiozinho, Alencar, Dâmaso Salcede, Craft, Cruges, entre outros... 

Nota: 
- Personagem plana ou desenhada: estática, sem evolução, sem grande vida interior; por outras palavras: a personagem plana comporta-se da mesma forma previsível ao longo de toda a narrativa.
- Personagem-tipo: representa um grupo profissional ou social.

Os Maias - Eça de Queirós

      A acção de "Os Maias" passa-se em Lisboa, na segunda metade dos séc. XIX. Conta-nos a história de três gerações da família Maia.
      A acção inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e proteccionista, casa-se, contra a vontade do pai, com a negreira Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a esposa acabaria por o abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o paradeiro. O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia.
      Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em Medicina em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega, Alencar, Damaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar. Um dia fica deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos seguiu-a algum tempos sem êxito, mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado Maria Eduarda para visitar, como médico a governanta. Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante.
Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.
      Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar um cofre desta que, segundo ela lhe disse, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher era Maria Mão Forte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mães de Carlos. Os amantes eram irmãos...
      Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém abertamente, a relação – incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre desgosto. Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo.
      O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que lhe diz: - "falhamos a vida, menino!".



domingo, 1 de maio de 2011

Publicidade - Institucional e Comercial



  
A publicidade pode ser definida como a comunicação, feita por indivíduos, empresas ou organizações, através de diversos meios (papel, audiovisual, Internet, etc.) com o objectivo de promover a venda de produtos e de serviços ou de divulgar ideias e incutir comportamentos.

Neste caso, quando a publicidade não tem fins lucrativos e é conduzida com o objectivo social de utilidade pública ou de interesse geral, formando ou informando as pessoas,  fala-se em  «institucional».
Quando o objectivo é persuadir o destinatário a adquirir determinhado produto, fala-se em " comercial".

O Código da Publicidade

No âmbito da disciplina de português é suposto ser leccionado o tema da "Publicidade" mas para não ser um tema exaustivo apenas mencionei anteriormente os tipos de publicidade e agora irei falar-vos acerca de uma parte do código da publicidade, que achei mais interessante para apresentar como forma de curiosidade, que é preciso respeitar ao fazê-la.




Artigo 17º (Bebidas alcoólicas)

1 - A publicidade a bebidas alcoólicas, independentemente do suporte utilizado para a sua difusão, só é consentida quando:

a) Não se dirija especificamente a menores e, em particular, não os apresente a consumir tais bebidas;

d) Não encoraje consumos excessivos;

e) Não menospreze os não consumidores;

f) Não sugira sucesso, êxito social ou especiais aptidões por efeito do consumo;

g) Não sugira a existência, nas bebidas alcoólicas, de propriedades terapêuticas ou de efeitos estimulantes ou sedativos;

h) Não associe o consumo dessas bebidas ao exercício físico ou à condução de veículos;

i) Não sublinhe o teor de álcool das bebidas como qualidade positiva.



2 - É proibida a publicidade de bebidas alcoólicas, na televisão e na rádio, entre as 7 e as 21 horas e 30 minutos.